Queima o tempo
Quando passas os teus dedos no meu rosto
Queimam-se da minha vida as pétalas
Num intenso fogo que por mim foi posto
E queima, queima, queima
Dia após dia, neste enredo
Confuso e desonesto
Espalhando no ar apenas rastos do que sou
Caminhos queimados de medo
De incertezas, do que não é concreto
Queima o tempo
Queimam-se os dias, as horas, os minutos
Num frenesim iluminado
E quando olho para trás
Vejo apenas momentos desnudos
De um qualquer sonho por mim desejado
Queima o tempo
Quando me olhas por dentro
Quando despejamos as palavras
Num sopro de um vento
De uma vida desperdiçada
Queima o tempo
E eu já não o consigo agarrar
Conceição Lourenço
Boa tarde Conceição,
ResponderEliminarquantas vezes queimamos o tempo na espera indefinida que nos arrasa por dentro!
Lindo o seu poema, prevejo aqui uma poetisa de fibra!
Beijinhos,
Ana Martins
Na vida vivemos a intensidade de constante arder.
ResponderEliminarCadinho RoCo
Conceicao, como estás querida? E David?
ResponderEliminarEstive um longo tempo afastada da net, mas ora retorno e deixo-te um grande beijo, no desejo que estejas super bem, apesar de todas as circunstancias que a vida nos oferece, e que podem nao ser tao boas.
Lindo poema!
Uma semana abencoada por Deus!